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(Español) Lo que aprendo de mis vecinos. Marc HAYET
(Español) Horeb Ekumene noviembre 2019
(Español) Catequesis del papa Francisco en la Fiesta de Todos los Santos. Noticias y comunicaciones N° 248
A profecía de Carlos de FOUCAULD. Antonio LÓPEZ BAEZA
“Vamos voltar ao Evangelho, caso contrário, Cristo não estará conosco”
Carlos de FOUCAULD
O futuro da Igreja é o deserto:
Como, se não, ele pode apontar para o mundo hoje o caminho que leva, da escravidão e dependências que o afligem, à alegre alegria dos filhos de Deus?
O futuro da Igreja é Nazaré:
A força profética (isto é, convincente) de sua palavra no mundo depende de sua encarnação nas necessidades e lutas dos pobres e marginalizados de cada sociedade.
O futuro da Igreja é a Fraternidade Universal:
Dentro dela, ninguém pode se sentir excluído ou marginalizado; tudo abraçado, acima de ritos e crenças, além das várias maneiras de conceber a existência humana e buscar a felicidade.
O futuro da Igreja é Jesus, Modelo Único:
Aquele que veio não para ser servido, mas para servir, o caminho da Humanidade Plena em seu coração manso e humilde; revelando com sua vida e com sua morte a face de um deus, pai e mãe, loucamente apaixonado por toda criatura humana.
O futuro da Igreja é gritar o evangelho com a vida:
Vida que infecta a alegria de se sentir já salva por Deus. Vida que encontra todo o seu significado no silêncio do serviço mais altruísta. A vida oferecida em Ação de Graças e Comunhão a todos que têm sede de Vida.
O futuro da Igreja é o último lugar:
Porque ele sabe, com a sabedoria do Espírito, que os príncipes e poderosos deste mundo sempre oprimem; e ele sabe que os primeiros lugares no banquete do Reino estão reservados para aqueles que foram aceitos, enquanto ainda faziam o que tinham que fazer, servos inúteis e sem lucro.
O futuro da Igreja é o Absoluto de Deus:
É conveniente para Ele crescer e Ela diminuir. Porque somente Deus salva – e somente Deus salva! -, o único capaz de remover os filhos de Abraão das pedras, e também único em satisfazer as aspirações mais profundas do coração humano.
O futuro da Igreja é a Adoração do Eterno:
O maior Deus que todas as instituições e idéias que louvam e defendem seu nome. Diante de Quem não há mais que o silêncio da alma apaixonada, rendida ao espanto de um amor tão imenso.
O futuro da Igreja é o Abandono em Deus:
Nada procura por si mesmo na forma de honras ou privilégios; ele aceita o mal-entendido, a perseguição e o fracasso que possam vir a permanecer fiéis ao Evangelho, seguindo seu Mestre com a Cruz; e ele trabalha da maneira mais gratuita, sabendo que sua missão no mundo não depende da eficácia dos meios temporários.
O futuro da Igreja é a simplicidade evangélica:
Vamos voltar ao evangelho! Simplicidade da hierarquia. Simplicidade moral. Simplicidade nas expressões litúrgicas – Simplicidade, acima de tudo, na exposição da Verdade Revelada, transmitida a nós pela Diafonia da Palavra feita Carne.
A Igreja do Futuro será uma Igreja dos Ressuscitados:
Mulheres e homens ousados e livres, amantes apaixonados da vida e defensores arriscados da dignidade e dos direitos humanos; Abençoados na pobreza por seu espírito de solidariedade; dispostos a dar suas vidas, no dia a dia de suas responsabilidades, como o grão de trigo que não tem medo de morrer para dar muito fruto do bem comum …
Ou não será de todo!
PDF: A profecía de Carlos de FOUCAULD. Antonio LÓPEZ BAEZA. Port
(Español) Horeb Ekumene octubre 2019
O Quinto Evangelho. José Inácio do VALE
O coração do deserto de Judá para os cristão é Nazaré, Chamada também por São Jerônimo como a Flor da Galileia. Devido a sua importância para os cristãos, a cidade situada em um vale no sudeste da Galileia, a 157 quilômetros ao norte de Jerusalém, é o lugar onde, segundo a tradição cristã, o arcanjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a mãe de Jesus. “No sexto mês, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem chamado José, da família de Davi. A virgem se chamava Maria” (Lc 1,26-27). E é também nesta cidade que, segundo o texto bíblico do evangelista Lucas, Jesus passa sua infância, adolescência e juventude, e inicia a vida pública.
Na pequena Nazaré tudo começa. “Jesus se encarnou aqui para o mundo. Estar na terra santa significa reviver fisicamente: ver a terra e as cores, sentir os paladares e aromas que também foram sentidos por Jesus”, destaca o frade capuchinho Pierbattista Pizzaballa, custódio da Terra Santa.
“A Terra Santa para os cristãos é também chamada de quinto Evangelho ou o oitavo sacramento, porque é o lugar onde fisicamente nos encontramos com a experiência de Jesus Cristo. Vir à Terra Santa significa sentir a mesma experiência da revelação e tocar com as nossas próprias mãos o evento da revelação tão significativo para todos nós. E também uma experiência cultural, porque é o único pais onde coexistem as três religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), com suas diversas culturas. É uma experiência única recomendada a todos os fiéis”, enfatiza frei Pierbattista Pizzaballa.
NAZARÉ HOJE
Localizada sobre uma colina a 350 metros em relação ao Mar Mediterrâneo, Nazaré é rodeada por outros montes mais altos. Ao sul da cidade está a planície de Esdrelon, que fica na parte sul da Baixa Galileia.
Hoje a cidade possui cerca de 71.500 habitantes: 25 mil árabes muçulmanos, 22.500 árabes cristãos e 24 mil hebreus. É a comunidade árabe mais importante de Israel depois de Jerusalém. Muçulmanos e cristãos vivem em um bairro situado em uma parte alta conhecida como Nazaré Illit.
IRMÃO CARLOS DE FOUCAULD E NAZARÉ
“Deixemos que ele viva em nós, que prossiga em nós sua vida de Nazaré. Deixemos que ele continue em nos sua vida de universal caridade. Que nós possamos dizer a todo momento de nossa vida: “vivo, mas já não sou mais eu quem vive, é Jesus que vive em mim” (Charles de Foucauld, In: antologia p. 464).
“A encarnação tem sua fonte na bondade de Deus… mas o que logo aparece de maravilhoso é que ela brilha como um sinal ofuscante… “É a humildade infinita que contem semelhante mistério” (Retiro em Nazaré, novembro de 1897).
O Irmão Carlos é alguém que precisa sempre expressar na vida o que descobre e o que sente. A partir desse momento, seguir Jesus e viver somente para Deus será algo extremamente concreto para ele: nessa aldeiazinha Jesus viveu durante trinta anos. Segui-lo será, portanto partilhar concretamente a mesma vida e viver somente para Deus. Será escolher esta vida escondida em Nazaré, numa condição de pobre…
A vida toda do Irmão Carlos foi marcada por uma grande docilidade ao Espírito Santo: “Vamos deixar que a graça nos conduza… Vamos deixar que o Espírito Santo nos dirija e só tomemos as rédeas de nossa oração quando ele as colocar em nossas mãos”, disse o irmão Carlos.
O Irmão Carlos rezava fielmente, três vezes ao dia e muitas vezes no meio da noite, o hino: “Vinde, Espírito Criador”, oração que nos legou. É um meio muito simples, mas que não devemos abandonar.
Sete anos depois de sua conversão, quando deixa a trapa para ir enfim ao encontro de Jesus no caminho de Nazaré, ele escreve: “Minha vocação é descer”. E, no fim da vida, comentando uma frase do Evangelho: “ele desceu com eles para Nazaré”, escreve novamente: “A vida toda, ele só fez descer. Descer encarnando-se. Descer fazendo-se criancinha, descer obedecendo, descer tornando-se pobre, abandonado, perseguido, torturado, colocando-se sempre no último lugar”.
É muito importante descobrir através do Evangelho a humildade de Deus, d’Aquele que vem a nós na pessoa de Jesus de Nazaré, aquele que desce:
– Em Belém, como uma criancinha sem defesa e um pobre sem abrigo.
– Em Nazaré, durante trinta anos, o tempo necessário para formar, com todas as suas reações, um homem simples e pobre, um homem dessa aldeia de onde não podia sair nada de bom (Mt 2,23-13, 54 a 58 – Jo 1,46).
– No Jordão, para ser batizado, colocando-se no meio dos pecadores, apesar dos protestos de João Batista (Mt 3,13-16).
– No deserto, para ser tentado: tentação de tomar um outro caminho, de não ser o servo (Mt 4,1-11).
– À mesa de Zaqueu e à de Levi, ainda com os publicanos e pecadores (Mt 9, 9-13 – Lc 19,1-10).
– Aos pés dos discípulos, num gesto de escravo, quando chega sua hora (Jo 13,1-20).
– No meio dos condenados e excluídos nas trevas de Getsêmani e do Gólgota (Mt 26,36-46 – 27,32-52) etc.
É preciso que cada uma faça desses textos algo seu… Não se trata somente de Lê-los, é preciso guardá-los no coração. É preciso chegar à convicção de que o amor se torna pequeno diante daqueles a quem ama. É assim que ao buscar os fundamentos da oração, somos sempre reconduzidos ao espírito de infância.
Não há dúvida que o choque data desse tempo, pois sete anos mais tarde escreverá: “Tenho sede de levar, enfim, a vida que procuro há sete anos, a vida que entrevi, adivinhei, andando nas ruas de Nazaré, ruas que os pés de Nosso Senhor percorreram, como um artesão pobre, perdido na abjeção e na obscuridade”.
“É muito importante situar bem esta instituição fundamental do irmão Carlos porque, se nós estamos na Fraternidade, é porque de alguma maneira fomos seduzidos por Deus na pessoa de Jesus de Nazaré”, escreve a irmãzinha Annie de Jesus durante uma sessão de formação para as irmãzinhas de Jesus.
Toda a vida do Irmão Carlos foi dominada pelo desejo apaixonado de imitar Jesus de Nazaré e de segui-lo em seu caminho de servo, até o fim.
Escreve ele: “Nosso aniquilamento é o meio mais perfeito que temos de unir-nos a Jesus e de fazer o bem…” (Carta a Marie de Bondy, 1º de dezembro de 1916).
Na dimensão do amor de Deus, na caridade com o próximo e na fidelidade do santo Evangelho de Cristo, somos também o Quinto Evangelho!
Frei Inácio José do Vale, FCF
Sociólogo em Ciência da Religião
Fraternidade Sacerdotal JesusCaritas
Bem-aventurado Charles de Foucauld
Professor de Pós-Graduação na Faculdade Norte do Paraná
Fontes:
(1) Revista Família Cristã, dezembro de 2013, p. 67.
(2) Irmãzinha Annie de Jesus, In. Caminhando na oração… Com o irmão Carlos de Jesus, s/d.