Experiência de Deus na vida de Charles de Foucauld (Inácio José do Vale)

20151015_170245Esvaziemos o nosso coração de tudo o que não for o objetivo único… Que nada além de Deus seja o nosso tesouro. Que o nosso único tesouro seja Deus, o que o nosso coração seja todo de Deus em Deus, todo para Deu… Só para ele. Fiquemos vazios de tudo… Para nos podermos encher completamente de Deus…”.

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916)
Padre francês e eremita no deserto do Saara

A experiência de Deus na vida de Charles de Foucauld fez nele uma santa inquietação na busca profunda de ser todo de Cristo e de testemunhar até o fim do mundo o Evangelho do Reino de Deus. Todo o seu ser é ir, sempre ir ao encontro do Absoluto e do outro. O deserto ficou curto na busca do último lugar e sua obra o tornara maior do que seu escondimento. Em Charles de Foucauld há começo e não fim. Há espaço para conteúdos maravilhosos. Há lugar infinito para busca do Absoluto. Há campo para trabalhar a missão e a evangelização de amor universal. Há muita coisa para ser feita em sua espiritualidade para o bem das almas. Garimpar é preciso na sua mina mística, em seus escritos e na sua vida impactante! Sua fé, o fervor do Espírito Santo em sua jornada, sua atitude louca e apaixonada por Jesus desperta e provoca em espírito morno, em pessoas indecisas e sem rumo tomar uma posição radical. Tal decisão é ser todo de Deus por amor e pelo próximo para fazer um mundo de paz, de justiça, de vida plena e de caridade universal!

DESCRENÇA E INFELICIDADE

Charles de Foucauld de Eugene Pontbriand, de rica família aristocrática francesa, tinha um caráter duro, era inquieto, fervilhava de emoções e de fortes aventuras. Ele mesmo escreveu: “Passei doze anos inteiros sem fé alguma. Não acreditava mais em Deus, visto que não havia prova científica da existência de Deus”. No ano de 1876 ele entrou para a escola militar, de onde foi expulso, Com 19 anos de idade apresentou-se como voluntário ao exército e, enviado para o Saara, passou a viver de modo agitado e desregrado. Foi expulso do exército por “falta de disciplina e má conduta”. Isso no ano de 1881. Sua descrença, sua intransigência conectada a sua exacerbação causaram muitos transtornos e infelicidades.

Assim decidiu ir como explorador para o Marrocos. Ele labutou e arriscou a sua vida. Escreveu um livro científico sobre suas explorações, o que lhe conferiu uma medalha de ouro pela Sociedade Geográfica de Paris.

A CAMINHO DA CONVERSÃO

Lá longe, ele tinha uma prima, Madame de Bondy, que rezava por ele, para que começasse a pensar em sua alma e a mudar de vida. Ele ficou encantado, não somente com a beleza do deserto, mas também sacudido com a religiosidade do povo muçulmano, o qual demonstrava grande veneração por Deus, vendo o povo orando cinco vezes por dia. E certa vez confessou: “Esses oram cinco vezes por dia e eu, nem religião tenho.” Por isso partiu do fundo do coração a primeira lástima e a primeira oração: “Ó Deus meu, se existes, faze que eu chegue até conhecer”.

Charles, porque se dedicava às ciências, pensava que a fé se descobria por meio de provas científicas, ou mediante argumentos racionais ou perscrutando livros. Ele mesmo admitiu: “Eu devassei os livros da filosofia pagã e nada encontrei, senão o vazio e o tédio”. Depois, por acaso, veio às minhas mãos um livro cristão (Études sur les mysteres, do famoso pregador francês Jacques Bossuet) que me fora entregue por minha prima Maria Bondy, e nele encontrei a doçura e beleza que jamais descobrira antes. Esse era o primeiro livro que consegui ler antes da minha conversão, o que me mostrou que a religião cristã era a verdadeira!

ATRAÍDO PELA VIDA VIRTUOSA

Ele retornou para a França, e começou a ficar atraído pela vida da virtude. Ele presenciava os exemplos de extraordinária santidade de sua prima Madame de Bondy; porém ainda não tinha começado a crer em Deus, mas procurava frequentar a Igreja. Ele mesmo confessa: “Em princípios de outubro de 1886, senti a necessidade de solidão, de recolhimento, de leitura devocional a reflexão”. Começava a sentir necessidade de frequentar a Igreja, apesar de ainda sem muita fé. “Minha mente estava confusa, e vivia em estado de uma grande ansiedade: sempre buscando e buscando a verdade.” Entretanto, ele achava que a fé se descobria com o estudo ou pesquisando. Mas a fé é a submissão da própria vontade de Deus. E isso era uma verdade ainda por ele desconhecida.

A REVIRAVOLTA DE SUA VIDA

Sua vida conheceu uma virada para melhor, quando de seu encontro com o Padre Henri Huvelin, um sacerdote santo e sábio diretor de almas. Quando o viu, Charles sentiu em si algo que lhe dizia: “É necessário abaixar a cabeça e crer. É necessário crer.” Começou a sentir-se mais atraído pela Igreja. Certa vez a sua prima informou que o Padre Huvelin, por motivos de saúde, não ia continuar dando suas palestras costumeiras. Charles respondeu: “Mas que pena! Estava decidido a ir parar sua conferência. Tu, prima, gozas do grande privilégio de gozar da luz; enquanto eu estou em busca dessa luz e não encontro”.

SUA CONVERSÃO

O escritor francês René Bazin, em sua biografia: Charles de Foucauld – eremita e explorador, narra o encontro de Charles de Foucauld com o ínclito Padre Huvelin. Entre os dias 27 e 30 de outubro, o Padre Huvelin viu aproximar-se dele um jovem, o qual não se ajoelhou, mas esse jovem, um tanto cabisbaixo, disse ao sacerdote: “Senhor Padre, eu não tenho fé; vim para pedir que me desse algumas aulas.” O Padre Huvelin, que era especialista na direção espiritual, percebeu que aquele jovem tinha necessidade, primeiramente, de mudança de comportamento, e lhe disse: “Fica de joelhos, meu filho; agora confessa teus pecados a Deus, e terás fé.” Charles respondeu: “Mas não vim para isto.” O Padre Huvelin: “Meu filho, confessa teus pecados.” Charles, que queria crer, sem confessar, percebeu que a condição para poder crer era exatamente isso: submeter-se e abaixar a cabeça perante Deus. Charles se ajoelhou e fez uma confissão geral de toda sua vida.

Em seguida, o Padre perguntou ao penitente se estava em jejum (para a Eucaristia), e à resposta afirmativa de Charles, o sacerdote disse: “Então vai receber a comunhão”. Charles de Foucauld foi direto ao altar, e, pela segunda vez na vida, fez “sua primeira comunhão”, porque fazia anos que não a recebia. Cada vez que lembrava daquele dia, Charles agradecia a Deus e lhe dizia: “Foi bem naquele dia, ó meu Deus, que lançaste sobre mim teu olhar e me inundaste com tuas graças”.

MUDANÇA RADICAL E MORTE

Dali em diante, a vida de Charles mudou completamente. A graça de Deus fez nele milagres espantosos. Ele tomou a decisão: “do momento em que comecei a crer na existência de Deus, eu percebi que o único caminho que me restou era dedicar minha vida inteira a Ele”.

Desde então, optou por uma vida muito simples, dormindo no chão e orando diariamente durante muitas horas. Ele foi à peregrinação à Terra Santa, de novembro de 1888 até fevereiro de 1889. Em janeiro de 1890 entrou para vida monástica no mosteiro trapista de Norte Dame-des-Neiges. Em junho se transferiu para o mosteiro de Akbes, Síria. De lá o enviaram a estudar em Roma, em outubro de 1896. Porém três meses mais tarde saiu dos trapistas; seus pensamentos estavam voltados para os povos da África, que não conheciam Cristo. Foi a pé, como peregrino à Terra Santa, e depois voltou para a França, para estudar o sacerdócio. Foi ordenado sacerdote Viviers, em 9 de junho de 1901.

Regressou à Argélia e levou uma vida isolada do mundo, numa zona dos Tuaregues, mais próximos da população. Aprendeu a língua tuaregue e estudou o léxico e a gramática, os cantos e tradições dos povos do Deserto do Saara. Tinha a intenção de criar uma nova ordem religiosa, o que sucedeu apenas depois da sua morte: os Irmãozinhos de Jesus, fundado em 1933, pelo Padre René Voillaume. O “Irmão Universal”, como Charles ficou conhecido, foi assassinado no dia 1 de dezembro de 1916, em meio a uma revolta anti-francesa dos bérberes de Hogar na Argélia, em plena Primeira Guerra Mundial.

O renomado estudioso da vida de Charles de Foucauld, o irmãozinho Antoine Chatelard escreveu: “Sua conversão foi na verdade um encontro com Deus vivo, com um Deus próximo e amoroso. Esse Deus a quem ele suplicava que se manifestasse, revelou-se a ele em uma comunhão de amor. É um Deus que ama e a quem se deve amar. Esse Deus próximo fez-se carne e tem nome: Jesus. Toda espiritualidade de Charles de Foucauld centrar-se-ia na pessoa de Jesus, seu Deus, seu Senhor, seu Irmão, e depois, na linguagem dos místicos, seu Esposo bem-amado”.

CONCLUSÃO

Toda a vida de Charles de Foucauld pode ser resumida em duas palavras: “Jesus caridade” e “Jesus amor”. No confronto das incompatibilidades em sua jornada, o amor é a construção segura e unificada de sua alma caridosa e faminta de Deus. O caminho espiritual que ele delineou foi muito simples: “viver o amor de Jesus na imitação e na adoração”. Estas características transformaram o seu pensamento, suas decisões e suas ações.

“Não existe, creio eu, palavras do evangelho que tenha mais profunda impressão e transformado mais minha vida que aquela: tudo o que vocês façam a um destes pequeninos é a mim que vocês fazem”, escreveu quatro meses antes da sua morte a seu amigo Louis Massignon. No amor de Jesus, ele tornou-se uma testemunha forte e resoluta no anúncio do evangelho do Mestre de Nazaré.

De forma abissal Charles de Foucauld é uma inspiração para amar Jesus apaixonadamente! Sua espiritualidade é profundamente impactante que atua de forma renovada e reavivada nos corações tomados pelo amor de Deus, do amor ao próximo, pela Igreja, pela vida ativa e contemplativa e pela proclamação do Evangelho num testemunho vivo e eficaz!

Pe. Inácio José do Vale
Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas
Irmãozinho da Visitação da Fraternidade de Charles de Foucauld

BIBLIOGRAFIA

  • Foucauld, Charles de. Meditações sobre o evangelho. Traduzindo de Nuno de Bragança. Lisboa: círculo do humanismo cristão, 1962, p.100.
  • Ciarlò, John. 50 conversões ao catolicismo. Selecionados e traduzidos por: Walter Michael Ebejer. Rio de Janeiro: Ed. Nossa Senhora da Paz, 2012, pp.53-55.
  • Chatelard, Antoine. Charles de Foucauld, o caminho rumo a Tamanrasset. Tradução de Marcelo Dias Almada. São Paulo: Paulinas 2009, p.57.
  • Bazin, René. Charles de Foucauld, explorateur au Maroc, ermite au Sahara. Paris: Plon, 1921, reeditado em 1954 e 1959.
  • Six, Jean-François. Charles de Foucauld: o irmãozinho de Jesus. São Paulo: Paulinas, 2008.

SÃO CARLOS DE FOUCAULD: EU TIVE UM SONHO

Foi um acontecimento muito simples: os pequenos e os humildes compartilharam com foucauld-dream-1o papa Francisco a celebração da canonização do irmão universal. O irmão Carlos morreu por uma “sobredose de humanidade”. Esta, e não outra, foi a causa que prevaleceu para proclamar santo um homem santo, embora ele não tivesse nunca imaginado ver sua imagem nessa “Glória de Bernini” feita com todo o amor pelos tuaregues, no cimo da grande haima que instalaram perto de Tamanrasset, composta por pedaços de pano azul e pequenas rochas do sítio: pedaços da vida dos homens e das mulheres desta terra, e pedaços do planeta, obra de Deus; pedras que não são armas que se atiram, mas patrimônio de um mundo maravilhoso que nos sustenta e nos rege, como dizia Francisco de Assis no seu cântico das criaturas.

foucauld-dream-2O papa Francisco desfrutou falando o árabe com o seu sotaque argentino. O forte vento arrebatou-lhe os papéis, que voaram pelas dunas, e ele continuou falando em espanhol, e todos perceberam, todos os que estavam presentes, cada um com a sua própria língua e cultura, sua cor diferente de pele e seu coração aberto á festa e á partilha. O mestre Jesus deu-nos uma lição de fraternidade universal, um mestre louco pelos seus discípulos e por todos os seres humanos; um sonhador livre, que repete em foucauld-dream-3cada gesto de amor seu engajamento conosco. O papa partiu-nos o pão dos mais pobres, o que partiu Jesus a seus amigos – tal como fez na canonização de monsenhor Romero, que foi sempre São Romero de América – aquele que só é aceite quando a gente é pobre, e se sente necessitada da misericórdia de Deus e do próximo. É este pão que o irmão Carlos não pôde partilhar em grandes nem pequenas celebrações na sua etapa africana, mas que soube tornar presente com sua vida e sua condição de vizinho e de homem de Deus, na Nazaré de participar com a sua gente tomando o chá e as tâmaras, sentindo-se necessitado dos outros, frágil e humilde.

foucauld-dream-4Foi uma gozada estar com pessoas de todo o mundo, no meio dos últimos vindos de todas partes. Pessoas crentes e não crentes, cristãos e não cristãos que, para além das formas religiosas, procuram a paz, a igualdade entre todos, o bem comum. Não havia ornamentações ostentosas, nem túnicas douradas, nem cardeais nem bispos nem padres com vestes chamativas: não havia fardas nem armas, mesmo que estas fossem só decorativas. Jesus feito homem por nós e feito amigo de todos por vontade de um Pai misericordioso e com capacidade suficiente para acolher em seu coração todos os pobres do mundo, todos os que fogem da guerra, todos os maltratados por um sistema onde o único deus é o benefício econômico, mesmo a custo de vidas humanas; o Jesus permanentemente crucificado dos que não têm nada, o ressuscitado em todo homem ou mulher que começa a nascer.

foucauld-dream-5E ali estavam eles, compreendendo perfeitamente a cerimônia sem grandes oferendas, sem a hipocrisia do protocolo diplomático tantas vezes camuflado em religião. Eles, sem direito á palavra, a uns meios de bem-estar, á escola ou á universidade, a uma saúde e medicamentos gratuitos, a formas de viver dignamente com um teto ou uma casa, aos alimentos, á sua própria terra. Eles estiveram lá, milhares, sem fazer barulho, nem grandes discursos. Eles, que não tinham ouvido nunca falar do irmão Carlos nem de Jesus de Nazaré.

Ali estava Shilma, refugiada de uma etnia rejeitada num pais do sudeste da Ásia, Myanmar. Mãe de seis filhos, sem povo, sem recursos. O rosto de milhões de pessoas apanhadas pelas grandes diferenças que o próprio homem estabeleceu para distinguir uns seres de outros. Seu marido, Modid, desloca-se diariamente para procurar no acampamento o sustento de sua família; ele sofre todos os efeitos da malária.

foucauld-dream-7Golu, de dez anos, apanha lixo num lugar da Índia e tem que manter a sua família para comer uma vez por dia o arroz que lhe tira a fome, mas que não chega a nutrir como nos países ocidentais ou os ricos do seu próprio país. Golu sonha com o dia em que poderá estudar, aprender a estar no mundo com todos os seus direitos.

E Margarita, de México D.F. que se ocupa há já 25 anos de seu neto totalmente deficiente, lutando e trabalhando por sua família; mulher de Fe e convencida que a oração e a confiança em Jesus são a sua verdadeira força. Pede a Nossa Senhora de Guadalupe não só por seu neto, ou sua família, ou seus vizinhos, reza pelos pobres mais pobres, de qualquer país, estejam onde estiverem.

foucauld-dream-8Aboubakar, um adolescente do Burkina Fasso, pequeno, desnutrido, com o VIH como única herança de seus pais, sorridente, impressionado por não ser a única pessoa do mundo a ter problemas. Seus grandes olhos fazem-me pensar nos olhos do Criador.

Hadmed, setenta anos, quase meia vida no campo de refugiados de Yarmuk, na Síria. A guerra continua sendo sua companheira diária, como a permanente música do mp3 nos ouvidos de qualquer jovem europeu ou americano. Hadmed segue pensando na paz, a paz nas coisas simples e entre as pessoas filhas do mesmo Deus, a quem rezamos nas mesquitas, nas igrejas, nos pagodes ou nas sinagogas.

foucauld-dream-9E Terry, que passeia todos os dias pela esplanada junto ao mar em Caims, no norte da Austrália, todos os dias, arrastando a sua única perna. Perdeu a outra por sua má circulação do sangue. O álcool corre por suas veias junto com as más recordações de ter perdido tudo: família, trabalho, amigos… Acolhe-se cada noite á bondade dos voluntários de um lar para os mais pobres. A pesar de tudo, continua a rir e a falar com toda a gente sobre seus sonhos e realidades. É um grande falador. Eu creio que o único que não o escuta é Warrior, seu cão velho e surdo. Diz que não tem religião, mas vá lá saber…

foucauld-dream-10Conheci Raquel, espanhola, assídua das ruas pouco iluminadas de Cartagena, onde trabalha para continuar a consumir heroína e cocaína. Raquel é transexual e nunca encontrou seu lugar na família, na sociedade. Prostitui-se como recurso para sobreviver, mas o que em verdade lhe dá vida é o abraço de suas companheiras, o apoio que lhe dão quando está bem e também quando tem vontade de desaparecer deste mundo. Leva um terço ao pescoço, diz que lhe dá sorte e a protege. Tem vergonha de entrar numa igreja porque a olham mal e chama muito a atenção, mas reza a Deus e a Nossa Senhora quando passa pela porta.

foucauld-dream-11Assim poderia continuar relatando as vidas e os milhares de rostos de Jesus nesta canonização do irmão Carlos, presidida pelo Amor de Deus e o chamado a considerar qualquer ser humano como um irmão, de igual para igual. Ensinamo-nos todos a sermos dignos de um mesmo Pai. Houve quem rezou a Oração de Abandono, outros fechavam os olhos e sonhavam um mundo melhor. Houve quem entendeu que a foucauld-dream-12fraternidade é uma forma de viver e de crescer na espiritualidade e no engajamento de dar sem esperar receber nas tarefas do dia a dia, outros sentiram que não estavam sós. Olhávamos uns para outros e nada havia estranho entre nós, e compreendemos que a mensagem da vida deste homem, um homem de Deus, transcende as fronteiras e as religiões, a vida de Fe e o viver sem Deus. Sua mensagem de fraternidade universal, sua morte e ressurreição por “sobredose de humanidade”.

foucauld-dream-13São Carlos de Foucauld, roga por nós.

foucauld-dream-14Mariano PUGA CONCHA

Santiago do Chile, junho de 2015