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Arquivos do autor: Fraternidad Iesus Caritas
(Español) Noticias de la Familia Espiritual de Carlos de FOUCAULD, septiembre 2021
(Français) À l’écoute de Charles de FOUCAULD, responsabilité et proximité. Pierre SOURISSEAU
(Español) Noticias Comunicaciones nº 302
(Français) Quelques traits de la figure de Baba Simon. Jacques RIDEAU
(English) Salaam April-July 2021
(Français) Nouvelles de la Famille Spirituelle Charles de Foucauld, septembre 2021
(Français) Charles de FOUCAULD, prêtre du diocèse de Viviers
Os grandes mestres do silêncio. José Inácio do VALE
Quem deseja viver a experiência do glorioso silêncio é necessário conhecer a vida dos grandes mestres contemplativos.
O princípio pedagógico dessa caminhada é viver essa realidade nos retiros espirituais, numa escola de espiritualidade ou numa vocação eremítica. O deserto, o mosteiro, o eremitério, pode ser o seu coração, e o maior dos grandes mestres, o seu Mestre: Jesus de Nazaré!
Citamos alguns nomes para o início dessa JORNADA ESPLÊNDIDA: São José, patriarca da Sagrada Família; Maria, mãe do Salvador; Santo Antão, pai dos monges do deserto; São Basílio Magno, pai dos monges orientais; São João Maron, pai dos maronitas; São Bento, pai dos monges ocidentais; São Bruno, fundador dos cartuxos; São Bernardo de Claraval, abade cisterciense; Santo Tomás de Aquino, frade dominicano; Santa Gertrudes e Santa Matilde, místicas alemãs; Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz, ambos reformadores carmelitas; São Serafim de Sarov, eremita russo; o Bem-aventurado Charles de Foucauld, eremita no Deserto do Saara; São Pio, o frade das chagas de Cristo; Santa Teresinha do Menino Jesus, religiosa carmelita; Marhe Robim, fundadora do Foyer de Charité; Dom Thomas Keating, OCSO, ex-abade trapista americano. Os tais são os grandes santos e mestres da abissal espiritualidade do silêncio.
“Nós, portanto, rodeados de uma nuvem tão grande de testemunhas, desprendemo-nos de toda carga e do pecado que nos encurralas, corramos com constância a corrida que nos espera, com os olhos fixos naquele que iniciou e realizou a fé em JESUS. Recordai vossos guias, que vos transmitiram a palavra de Deus; observando o deslanche de sua vida, imitai sua fé” (Hb 12, 1.2; 13,7). Devemos imitar a vida dos grandes heróis da fé, aqueles que viveram radicalmente ao lado do bom Deus (1 Cor 11,1).
Para meditar
O mundo vive a inflação e a usina hidrelétrica das palavras. A poluição sonora e o turbilhão da conversação causam doenças para a alma. O fechamento para o nobilíssimo silêncio é muito forte em nossa sociedade enferma. O barulho maléfico é um esquema que afasta o ser humano do silêncio espiritual e terapêutico e da plena comunhão com Deus. Com tanta zoada e imagem tem muita gente surda e cega.
O mundo vive no dilema patológico do parcial, virtual, superficial, banal, bacanal, fútil e infernal. O sistema faz o ser humano ser desconhecido, desencontrado, perturbado, enrolado, ter medo de si mesmo, ser raso, vazio e boçal. Na graça do silêncio, o encontro é inevitável! A descoberta acontece. A surpresa da revelação interior é tremenda. A pessoa passa conhecer mais sobre si mesma. Progride na sabedoria e se aprofunda nas coisas valorosas, virtuosas da espiritualidade. Busca viver uma intensa comunhão de amor com o bom Deus, com o seu semelhante e consigo mesmo.
Só no silêncio gloriosíssimo aprendemos de fato e de verdade escutar a Palavra libertadora do Criador. A voz suave e delicada do Espírito Santo faz iluminar o nosso espaço sagrado e a nossa alienação, infantilismo e mediocridade e as trevas desaparecem. Na dimensão solidária do amor silencioso, da espiritualidade solidão e da fé no Evangelho de Cristo, deixamos de ser marionetes e fantoches do sistema mundano barulhento e doentio.
No silêncio abissal
Vivo o amor celestial.
Com pureza de coração,
Vivo sem palavras falsas.
E nem pensamentos vãos.
Nesse mistério tenho,
O Senhor em minha direção.
No silêncio a essencialidade,
Na felicidade a espiritualidade.
Inácio José do Vale,
Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas
Espiritualidade de Nazaré do Bem-aventurado Charles de Foucauld